sábado, 23 de agosto de 2008

A BAIXA POMBALINA, PATRIMÓNIO MUNDIAL

A BAIXA POMBALINA, PATRIMÓNIO MUNDIAL (de artigo de Virgílio de Azevedo, da ÚNICA, Expresso de 06-05-06)Lisboa está a recuperar a sua frente mais nobre: a zona histórica entre o Cais do Sodré e Santa Apolónia. Cultura, património, lazer e transportes públicos são as grandes apostas e o objectivo é que tudo esteja pronto em 2007/2008, quando a UNESCO tomar uma decisão sobre a candidatura da Baixa Pombalina a património mundial.A pedido do Estado-Maior da Armada, o Almirante Fausto de Brito e Abreu propõe a «D. Fernando II e Glória», o navio escola Sagres, o Creoula e réplicas de navios construção de um grande cais, no local da Ribeira das Naus, para acolher a fragata históricos portugueses, transformando-os em navios-museus. Ali ficará o Cais de Honra da Cidade e a Doca dos Veleiros.Ali se situará o futuro Museu das descobertas.Segundo o Arquitecto Bruno Soares, envolvido no processo de revisão do PDM de Lisboa, toda esta zona, «estamos a falar da “Jóia da Coroa” da frente ribeirinha, uma zona muito delicada porque tem uma carga histórica e simbólica muito forte».Segundo Teresa Craveiro, directora do Departamento de Planeamento Estratégico da C.M.L., «o terreiro do Paço é uma praça muito especial, não deve ser banalizada com funções que podem existir noutras zonas de Lisboa, como o comércio e o artesanato», «o que pode diferenciar a centralidade do Terreiro do Paço são as vertentes histórica e cultural», «o objectivo da C.M.L. é transformar a praça nobre da cidade num espaço multifuncional, mantendo e reforçando o valor simbólico do Poder», «a ligação da mais famosa praça de Lisboa ao mar deve ser feita de uma forma moderna e não apenas passadista».Antes da Ribeira das Naus ficarão as futuras sedes da Agência Europeia de Segurança Marítima e do Observatório Europeu da Droga e Toxicodependência.Na actual Doca do Jardim do Tabaco ficará o futuro Terminal de Cruzeiros de Lisboa, projecto do Arquitecto Bruno Soares, com capacidade para cinco grandes navios em simultâneo e uma gare com serviços de alfândega, zona comercial e restaurantes. (de artigo de Alexandra Carita, do Expresso, 28-05-06)Ainda segundo o Arquitecto Manuel Salgado, deve recentrar-se Lisboa à volta do Tejo, levando-se para o Terreiro do Paço o Poder Central e reabilitando a baixa. Para começar, o Arquitecto defende que o terreiro do Paço é simbolicamente p Praça do Poder do País. «As arcadas do Terreiro do Paço têm uma área enormíssima. Se se for medir a área do rés do chão são cerca de 20.000 metros quadrados, um quinto da área do CCB. É uma área com enorme capacidade. E há um museu que não existe: o Museu do Terramoto, e há ainda o «Museu da reconstrução de Lisboa» no tempo do Marquês de Pombal, e há, antes disso, o «Museu do Portugal do Século XVI». Tudo isso podia ser concentrado aqui. De tudo isto mais e mais se deve insistir na ideia de dar nome ao Terreiro do Paço/Praça do Comércio, partindo-se do princípio que nem os dois nomes, nem um nem outro de per si, são apropriados, começando, um e outro, e os dois juntos, por não serem nomes, mas apenas designações, derivadas, uma de localização (já não existente) e outra de actividade ou função (há muito terminada e actualmente indesejada). Por tudo isto sugerimos e insistimos em que se deverá dar a esta mais nobre Praça do País, mais Central Praça de Lisboa, Símbolo, e possível futuro Centro do Poder do País, «PRAÇA PORTUGAL».

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